terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

DARWIN ORGANIZACIONAL: LIDERANÇA E PROFISSIONAIS ADAPTATIVOS


Ultimamente tenho refletido bastante como descrever os profissionais e as lideranças deste novo mundo tecnológico, digital, ou seja, o nome que for. Qualquer coisa que tentamos definir, ou rotular com algum tipo de definição vai ficar velho muito rapidamente. Por isso que vemos publicações com os mais variados nomes, títulos, descrições e num instante tudo isso fica obsoleto. As próprias descrições de definições das gerações, também acabam ficando desatualizadas e não descrevendo corretamente muitas coisas que estão acontecendo.

No ambiente organizacional isso ficou ainda mais complicado. Na Europa ou nos Estados Unidos, que são países com uma consistência maior, talvez não seja tão complicado. Países como o Brasil, China ou Índia, que são muito heterogênicos, as coisas ficam muito mais difíceis. Exemplo: Participo de reuniões em São Paulo, onde o assunto da onda é o mundo digital. A maioria das conversas vêm do Vale do Silício e de outras experiências que estamos anos luz de distância. As pessoas falam disso como se fosse algo possível de ocorrer na próxima semana. É bom falar dessas coisas inspiracionais, mas nós temos muitos outros desafios em gestão, liderança, etc. que estão longe disso e que precisam ser bem endereçados e resolvidos.

Por conta disso, comecei a pensar que talvez a melhor definição para descrever as lideranças e os profissionais seja utilizando o termo “adaptativo”. Aqueles que conseguirem ao longo da sua carreira, irem se adaptando ao contexto mutante e constante que vivemos e iremos viver, ainda mais acelerado, serão os que sobreviverão e terão sucesso. Algo semelhante à teoria de Darwin.

É quase impossível dominar e entender tudo o que está acontecendo no mundo. Podemos nos preparar, mas duvido que alguém possa com precisão saber exatamente o que vai acontecer. Converso frequentemente com CEOs de vários setores e me surpreendo com a sinceridade deles, em dizer que está cada vez mais difícil prever o futuro. Não é por acaso que, de repente, nos deparamos com o desaparecimento de uma empresa, o nascimento de outra, e atividades que nem imaginávamos, sendo criadas, enquanto grandes empresas sucumbem. Será que essas grandes empresas não teriam pessoas inteligentes capazes de prever o que vinha pela frente? Obviamente que não. Elas têm muita gente capaz, mas vivemos tempos imprevisíveis, de transição tecnológica, que provoca transformações profundas nos modelos de negócio da noite para o dia.

A pergunta que me faço é a seguinte: Como as Lideranças e os profissionais em geral devem se preparar para estes novos tempos?

É muito difícil ter uma resposta específica e precisa para esta pergunta, entretanto sabemos que o ser humano tem sobrevivido ao longo de milhares de anos, graças a sua fabulosa capacidade de adaptação. Talvez este seja um dos maiores poderes que o homem tem, se o compararmos com outros animais. Conseguimos viver em áreas desérticas, geladas, remotas, e assim por diante. Temos no nosso DNA uma capacidade de lidar com coisas diferente e inusitadas como ninguém. Não adianta lutar com coisas que não temos como controlar ou vencer. É só olharmos o exemplo da natureza com furacão, tsunami, neve, terremotos etc. Não temos como controlar essas forças, mas aprendemos a nos adaptar com estas situações e sobreviver.

Se tomarmos isso como exemplo e por analogia levarmos para o mundo empresarial, é isso que temos de fazer do ponto de vista profissional ou mesmo para liderar numa organização. Quanto mais tivermos um perfil adaptativo, e isso não é fácil porque requer uma serie de competências e comportamentos, certamente teremos mais sucesso nesta caminhada.

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