quarta-feira, 13 de abril de 2016

COMO MANTER O ENGAJAMENTO DAS PESSOAS EM TEMPOS DE CRISE?


O maior dilema que as empresas vivem atualmente é como engajar as pessoas na organização. Este desafio fica ainda maior em se tratando de um momento de crise como o que vivemos atualmente no Brasil. Muitas organizações procuram fazer pesquisas de clima ou mesmo de engajamento, para monitorar os seus ambientes e tomar ações para que as pessoas fiquem comprometidas.

No passado havia um contrato de “lealdade” entre a organização e a pessoa. Portanto aquele que era um bom profissional, competente, e leal à organização, de uma certa forma era “protegido” pela própria empresa. Claro, desde que não fizesse uma grande bobagem. Com o decorrer dos anos, e especialmente depois da reengenharia e do advento da globalização, as empresas não puderam mais manter este “contrato de lealdade”. A razão é que aumentou em muito a competitividade e a necessidade das empresas serem mais eficientes e produtivas. Isso em alguns momentos passa por redução de quadro de funcionários, o que vai de encontro com o que se praticava na época.

Por outro lado, as pessoas que de uma alguma forma se sentiam “protegidas” por este “contrato de lealdade”, ficaram mais expostas e sujeitas às decisões de negócios, que podem fazer sentido, mas que implicaram em medidas de demissão, etc. Em função desta “quebra de contrato”, as pessoas também deixaram de ter esta relação de “lealdade” com a organização.

Em tempos mais difíceis, obviamente isso não fez e não faz diferença para as empresas, uma vez que há disponibilidade de gente no mercado. Ocorre que, em tempos da economia em crescimento, e com a saída dos babyboomers do mercado de trabalho, muitas empresas sofreram com a perda de talentos. E o pior, agora já não existe mais o “contrato de lealdade”. As pessoas objetivamente olham os seus interesses de um lado, e as empresas olham os seus interesses do outro lado. Talvez esta relação até seja mais profissional, e faça sentido para os negócios, porém cria uma pressão enorme para as organizações em tempos de escassez de talentos.

Para atenuar esta situação as empresas começaram a se preocupar com o “Engajamento” das pessoas. Passaram a monitorar com maior cuidado o seu ambiente de trabalho e as suas práticas de gestão de seus colaboradores. É fundamental para as empresas reterem os seus melhores talentos, para o bem do seu negócio, independente dos tempos serem bons ou de crise. Todos sabemos que a crise é passageira. Pode demorar mais ou menos, mas ela não permanecerá para sempre. Algumas organizações fazem os seus investimentos neste momento, para estarem preparados quando a economia voltar a crescer. É uma decisão bem estratégica e inteligente.

Com o objetivo de avaliar o grau de engajamento nas organizações a Westin desenvolveu uma metodologia que avalia, de um lado o Grau de Significado do Trabalho para a pessoa e do outro o Grau de Propósito que o trabalho tem para ela. Esses são elementos essenciais para que um indivíduo se sinta efetivamente engajado com o seu trabalho e com a organização. Monitorar o grau de engajamento das pessoas, é essencial para garantir os talentos humanos para o bem do negócio.

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