quinta-feira, 26 de março de 2015

CONTRATE PELO COMPORTAMENTO E DESENVOLVA AS COMPETÊNCIAS


Processos de seleção e contratação de profissionais em todos os níveis é muito difícil e trabalhoso. Por mais organizado que esta metodologia possa ser, com uso de tecnologias, e modelos de avaliação, o risco de errar é sempre alto. O pior é que o custo do erro é muito caro para as empresas. Existem custos diretos como o salário, benefícios, etc., e os custos indiretos, muitas vezes invisíveis, que são o tempo da seleção, a baixa produtividade, erros de decisões, e por aí afora...
A grande falha, na maioria das vezes, é que a pessoa que está selecionando foca muito mais nas competências e experiências que os candidatos têm, do que no comportamento ou personalidade da pessoa. É mais fácil avaliar as competências e experiências, com perguntas relativamente simples, do que tentar entender o comportamento e a atitude do potencial candidato no trabalho.
Por esta razão é que existe uma máxima em RH que diz: As empresas contratam por competências e demitem por comportamento. Na maioria das organizações é exatamente isso acontece. Na contratação quem está selecionando está mais preocupado em saber da experiência do candidato, das empresas e posições que ocupou, e menos de como foi trabalhando em time, liderando pessoas, lidando com situações conflitantes, delegando e cobrando para que o trabalho se realize, e assim por diante. O perigo do fracasso do profissional está muito mais relacionado com o seu comportamento e a sua atitude no trabalho do que propriamente com a sua competência.
Nos últimos anos as empresas multinacionais americanas começaram a perceber isso de uma maneira mais clara. Muitas delas adotaram modelos de “comportamentos chave” para poder avaliar melhor os seus profissionais, ou até mesmo utilizar esses modelos na contratação de novos colaboradores. Isto não quer dizer que a empresa tenta padronizar os comportamentos ou deseja que todos tenham as mesmas atitudes, afinal estamos falando de seres humanos. Entretanto isto acaba ajudando a criar parâmetros mais concretos para poder ajudar as pessoas a não só melhorarem as suas competências, mas também os seus comportamentos.
Este modelo tem sido difundido a tal ponto que muitas empresas definiram que a performance de um profissional é a somatória do seu desempenho/resultado mais os comportamentos. Não adianta nada para uma organização, especialmente olhando para o longo prazo, que uma pessoa atinja as suas metas de resultados e cause enormes problemas que refletirão ou comprometerão o futuro da organização.
Outro aspecto a destacar sobre a importância do comportamento nas organizações, é o fato de que hoje todos os times trabalham de forma integrada para conseguir produzir os resultados desejados. Portanto, ter comportamentos e atitudes que colaboram para o resultado certamente fazem a diferença para se atingir as metas de negócios. Os desafios e as dificuldades são cada vez maiores e muitos só consegue superar com um trabalho de equipe, bem sintonizada e focada, onde o comportamento das pessoas faz muita diferença.
Fica aqui o meu alerta para aquelas pessoas que acham que, pelo fato de serem muito inteligentes e competentes, terão muito sucesso. Cuidado!!! Se não tiverem os comportamentos e atitudes corretas, por mais que sejam competentes, poderão comprometer o seu futuro.
Vale lembrar que o sucesso na carreira é uma combinação de competências, comportamentos, performance e porque não dizer, um pouquinho de sorte também!!!

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