quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

UMA VISÃO DE NEGÓCIOS NA GESTÃO DE PESSOAS


Por mais que se queira ter uma visão humanista, todas as vezes que falamos de pessoas nas organizações, não podemos perder de vista que se trata de fazer uma gestão de negócio. Pelo menos enquanto vivermos no regime capitalista, no mundo ocidental. Longe de mim achar que este é o padrão econômico ideal, mas é o que predomina nas organizações. Se fosse a melhor referência, não haveria tanta concentração de renda, por exemplo. Entretanto, a opção a este modelo tão pouco parece ser melhor ou mais eficiente. Como dizemos no popular:” É o que temos para hoje”.

Partindo dessa premissa, tudo que existe em matéria de gestão numa organização, visa o seu resultado financeiro, ou retorno para os acionistas e assim por diante. Quem investe num negócio, e sempre há muito risco, tem a expectativa de que os gestores vão produzir o melhor resultado possível. E isso inclui especialmente a gestão de pessoas.

A empresa deseja contratar o melhor talento no mercado, que tenha muito potencial para crescer, compartilha do seu desenvolvimento, e remunera de forma atrativa se desejar minimamente engaja-lo e retê-lo. Em contrapartida espera que este talento desempenhe o máximo possível, trazendo cada vez mais resultados para o negócio. Objetivamente é isso que acontece nas empresas.

Do ponto de vista da organização, se ela deseja ter os melhores talentos, obviamente terá que oferecer uma remuneração condizente com as condições do mercado e que seja atrativo. Além disso tem que oferecer possibilidades das pessoas se desenvolverem num bom ambiente, que permita o seu crescimento profissional. Tudo isso que a empresa faz, tem que ser traduzido em resultado para o negócio, e não é nada fácil fazer isso, porque o mercado tem concorrência, tanto do ponto de vista dos talentos, como também do próprio negócio.

Para que a empresa tenha sucesso, ela precisa necessariamente ter uma excelente gestão de pessoas. Portanto, a gestão de negócios está intimamente ligada à boa gestão. É só verificar nas publicações existente no mercado, que As Melhores Empresas para Trabalhar,  coincidentemente também são as que têm os melhores resultados financeiros e retorno para os seus acionistas.

As empresas que possuem a gestão mais profissional de Recursos Humanos são aquelas que, além de apresentarem os melhores resultados financeiros, são as que também apresentam o maior potencial de crescimento. Só que não basta ter uma boa gestão de RH, se não houver uma liderança preparada para fazer uma boa gestão de pessoas para o negócio.

Outro dia eu estava num almoço com o CEO de uma grande empresa multinacional e este me colocou a seguinte pergunta. Tenho duas pessoas e precisarei demitir uma. Uma delas tem um alto performance, muito potencial para crescer. A outra se destaca por se querida pelas pessoas. Quem você acha que deve sair? Se olharmos pelo lado humano, talvez ele devesse preservar a pessoa que é querida pelos outros. Do ponto de vista do negócio ele tem que decidir pela pessoa que agrega mais resultado. Se ele não fizer isso, além de não estar fazendo o seu papel como CEO, poderá impactar negativamente o desempenho da sua organização. Sem considerar que, se a concorrência for mais eficiente, em breve a empresa dele poderá desaparecer.

O caso citado é real. Parece algo simples, mas percebemos como é difícil fazer uma gestão de pessoas com a visão do negócio. O problema é que as empresas não têm opção. Se não fizerem isso, com certeza não sobreviverão no futuro. É importante saber que é possível agir de forma que seja bom para o negócio e também igualmente bom para as pessoas. Para isso a organização deve tratar com dignidade as pessoas, com justiça, e humanidade, sem perder o foco no negócio. Sim, isso é possível de deve ser feito para se ter sucesso de forma contínua e permanente.

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