sexta-feira, 26 de agosto de 2016

PRECISAMOS DE LÍDERES SIMPÁTICOS OU EMPÁTICOS?


Esta semana participei de uma reunião de um dos Grupos de RH que eu faço parte e o tema foi “Empatia”. Foi uma reflexão muito interessante, e me esclareceu vários conceitos que eu tinha em mente. Além disso me fez refletir de uma forma mais ampla sobre a nossa própria cultura, no País e nas Organizações. Concluí que no Brasil e nas Organizações temos muitas pessoas e Líderes simpáticos, mas muito poucos empáticos. Sabe aquela coisa de Brasileiro que sempre é muito gentil, e fala para a pessoa aparecer em casa, mas nunca dá o endereço onde mora?

Do ponto de vista organizacional creio que também temos trabalhado de alguma forma o perfil do Líder de um jeito equivocado. É apenas uma opinião. Queremos Líderes mais humanos, menos autocráticos e porque não dizer, mais “simpáticos” nos seus relacionamentos com os pares e principalmente com os subordinados. Até aí tudo bem, e isso é notável porque aproxima as pessoas e facilita a comunicação. Entretanto eu creio que estamos deixando de lado um conceito muito importante que é do Líder Empático.

Apenas para conceituarmos o que estamos falando, a pergunta é: O que é Empatia? Uma definição bem simples é a seguinte: Se colocar no lugar do outro. Como podemos perceber, este conceito é muito mais complexo e importante do que apenas ser simpático, gentil, educado e não necessariamente se importando com o outro. Quando penso nisso, automaticamente me lembro de vários “Líderes Simpáticos”, mas que no fundo estavam apenas preocupados com o seu próprio sucesso, ou mesmo tentando sobreviver na vida corporativa.

Por esta, entre outras várias razões, é que nas empresas os Líderes deveriam dedicar mais tempo para dar feedback para os seus liderados, ou mesmo investir mais tempo na discussão do performance, desenvolvimento e carreira das pessoas. Se ser empático é se colocar no lugar do outro, não dá para um Líder ser diferente, sem se dedicar a aprofundar em apoiar os seus liderados, se colocando no lugar deles. Não adianta discutirmos Liderança de uma forma teórica e conceitual, se os Líderes não praticarem para valer a empatia com os seus liderados.

Se ampliarmos e analisarmos este conceito de forma mais ampla, também sinto que de alguma forma é isso que acontece em nosso País. Somos conhecidos no mundo inteiro por um povo alegre e “simpático”, entretanto convivemos com várias mazelas em nossa sociedade, como isso não fizesse parte da nossa realidade. Quando avaliamos quantos amigos temos de verdade, que fariam qualquer coisa por nós, possivelmente não completaríamos o número de dedos de uma única mão.

Em resumo, precisamos muito da empatia das pessoas para seguirmos adiante, seja no desenvolvimento das pessoas, de uma organização ou até mesmo de um País. Não basta ser “simpático a uma causa” se eu não faço nada por ela. E em se tratando de Liderança, estar presente na vida dos liderados, é ter certeza de que entende de fato o que o outro precisa, por se colocar no lugar dele. O Líder ao fazer isso além de ajudar os seus liderados, certamente estará aumentando o resultado da sua equipe, e por consequência do negócio.

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