quinta-feira, 3 de março de 2016

PIOR DO QUE O REBAIXAMENTO DO PAÍS, É O REBAIXAMENTO DOS NOSSOS SONHOS E EXPECTATIVAS

Frequento muitos grupos de trabalhos de RH formais e informais, além de visitar e ter contato com várias empresas. Fico com a sensação de que todo mundo compreende o que está acontecendo, mas ninguém consegue enxergar uma saída para a situação. Percebo uma certa aflição nas pessoas que sabem e sentem que a coisa está cada vez pior e é grave, mas não sabem o que fazer e como lidar com tudo isso. É realmente um quadro complicado e que gera muita insegurança, mesmo naquelas que estão trabalhando, mas que começam a ficar com medo de perder os seus empregos.

Para alguns amigos empresários que por força da situação estão sendo obrigados a cortar algumas funções, o sentimento é muito ruim. Nenhum empresário sério gosta de fazer isso. Se sentem fracassados, pois uma das suas conquistas é gerar emprego, e melhorar de vida das pessoas.
A sensação deste ambiente incerto, sem credibilidade e sem perspectiva de melhora está afetando além das coisas reais, a mente das pessoas. Esta talvez seja a pior crise dos últimos 50 anos, pelo fato de dar uma sensação de uma situação ruim, com possibilidades de piorar, e sem a mínima perspectiva positiva à frente. É como se estivéssemos voando num nevoeiro, numa aeronave sem instrumentos, não sabendo onde poderá parar.

As notícias ruins não param de chegar... Todos os dias os jornais e as TVs publicam algo tenebroso que foi encontrado, ou denunciado, e vai por aí afora. Parece que de repente aconteceu uma união do mal entre os governantes do País e os empresários. Um bando de gente presa, outros na iminência de serem acusados ou indiciados, e a imagem do País indo para o ralo. Fomos desacreditados por todos os institutos internacionais, e isso está rebaixando todos os nossos sonhos e expectativas de um futuro melhor.

Eu me impressiono com  a quantidade de jovens, com os quais converso, manifestando o desejo de deixar o País. Isso revela que a situação atual acabou com o sonho dos mais jovens de ter um lugar para estudar, trabalhar, e construir o seu futuro. O pior é que a Economia é como um navio: muito difícil de brecar ou mudar de direção. A correção da rota da Economia atual poderá levar alguns anos para retomar o crescimento. Outros Países que estão bem melhor que o Brasil, concorrem com vantagem para receber novos investimentos, com mais segurança e perspectiva. Nem a superioridade populacional que temos está nos favorecendo, tendo em vista o nível atual de endividamento das pessoas e os desequilíbrios macroeconômicos que temos, como a taxa de juros, câmbio e inflação. O pior é que não dá para acusar alguma catástrofe internacional para justificar a nossa incompetência, pois não existe tal fato na atualidade. Tudo que está acontecendo se deve aos nossos malfeitos, má gestão pública e principalmente à corrupção. Parabéns aos malfeitores do nosso País. Vocês serão lembrados na história pela pior coisa que nos aconteceu.

Sei que é difícil ter um mínimo de otimismo, ou de visão positiva para frente, mas é isso que precisamos ter. Não podemos ver rebaixadas as nossas esperanças de que essas coisas não possam mudar para melhor. O Brasil é um País gigante e muito importante no cenário mundial. Temos uma economia sofisticada, e um sistema financeiro muito bem organizado, construído para sobreviver nos velhos tempos da inflação alta. Ser Brasileiro é não desistir nunca do nosso País, do Brasil que queremos e não do Brasil que temos hoje. Se jogarmos a toalha ou todos decidirmos ir embora, entregaremos o nosso País de mãos beijadas aos mal feitores, aos antipatriotas que colocam os seus interesses pessoais e escusos a frente de qualquer coisa. A essa gente, o meu total repúdio.
Não podemos permitir que isso aconteça porque apesar de tudo, o nosso País é o lugar onde nascemos, trabalhamos, criamos nossos filhos e desejamos aqui ficar.
Nossa vingança estará no rebaixamento de todos estes políticos nas urnas das próximas eleições. Esta é a nossa mais poderosa arma, respeitando a lei e o processo democrático.

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