quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

COMUNICAÇÃO E ENGAJAMENTO: ARMAS CONTRA A CRISE E O BAIXO ASTRAL



Está começando o ano e muita gente deve estar se questionando: “O que fazer e como lidar com perspectivas tão desafiadoras pela frente.O ser humano nessas circunstâncias só tem duas alternativas: Fugir ou Lutar para que as coisas melhorem e o cenário mude. A segunda alternativa é a única que nos oferece a possibilidade de mudança da situação atual.

Se conversarmos com pessoas mais velhas, teremos uma melhor percepção da crise, pois certamente elas já passaram por várias situações semelhantes a que estamos passando. E o mais importante é saber que elas sobreviveram. Conheço pessoas que já enfrentaram guerra, passaram fome, perderam tudo o que tinham e nem por isso acalmaram seus ânimos.

Do ponto de vista das organizações, esta situação é muito ruim, porque cria um ambiente de incerteza e de insegurança para todas as pessoas. Os negócios diminuem, as perspectivas não são boas, os custos se elevam por conta do dólar e da inflação, etc. O cenário não é nada bom e isto influencia em muito as pessoas, gerando um clima de baixo astral e de falta de esperança. O que fazer nesta situação? A realidade é essa e não há como fingir que está tudo bem, até porque muitas vezes a empresa tem que adotar medidas de contenção que afetam as pessoas.

A minha sugestão neste caso passa por duas coisas que julgo importantes para o enfrentamento de situações difíceis como a que estamos vivendo. A primeira delas tem a ver com a COMUNICAÇÃO.

Muitas empresas agem exatamente ao contrário em momentos de crise. Ao invés de comunicar e participar às pessoas o que está acontecendo, as medidas que está tomando, e o que espera das pessoas, faz exatamente o contrário:  se isola, não explica o cenário, os problemas e as oportunidades possíveis. Ela crê que desta forma estará preservando o bom ambiente e a produtividade de todos. Ledo engano. Existe uma ditado popular nas empresas que diz: “A rádio peão aumenta, mas não inventa”....É isso mesmo. Se a empresa não comunica claramente a situação, não provoca um debate democrático e não avalia o que é possível ser feito, cada indivíduo criará a sua própria versão dos fatos. Em vez de aglutinar e unir a pessoas para encontrarem uma solução ou um caminho, leva cada um para uma direção, e o resultado é baixa produtividade, clima pesado, uma nuvem negra no horizonte.

Quanto mais a empresa comunicar periodicamente os fatos, os seus resultados, as suas estratégias para sair da crise, melhor será para todos. Esta transparência gera um ambiente de confiança e união entre as pessoas, mesmo quando se tem que tratar de temas difíceis e delicados do ponto de vista de gestão.

O segundo tema tem a ver com ENGAJAMENTO. É claro que a comunicação tem um papel crítico no engajamento das pessoas. Quando a empresa cria canais de informação e compartilhamento, reforça o espírito de união. Entretanto, um fator extremamente crítico para haver o Engajamento, é a LIDERANÇA da empresa. São os Líderes que estão mais próximo das pessoas e que podem ajuda-las a compreender e encontrar caminhos alternativos que levem à superação. É na hora da crise que conhecemos realmente quem são os verdadeiros Líderes. É muito mais fácil ser líder em tempos de calmaria. O difícil é exercer este papel em momentos conturbados e que as pessoas estão preocupadas e, em muitos casos, até apavoradas com a situação.

As empresas que souberem trabalhar estes dois elementos, com certeza terão maiores chances de superarem os seus desafios em um curto espaço de tempo e encontrarem novas perspectivas para os seus negócios.

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