sexta-feira, 19 de junho de 2015

COACHING MUITO ALÉM DA METODOLOGIA



Nos últimos anos os processos de Coaching ganharam muito força e importância, à medida que as empresas tiveram mais consciência da importância do desenvolvimento dos seus talentos. A origem da palavra Coaching vem de veículo de transporte conhecido como carruagem (Coach). O significado que foi adotado é que este processo tem como principal objetivo levar uma pessoa de um lugar ou estágio de vida profissional ou pessoal a outro estágio. Em outras palavras, como se fora um veículo de transporte das condições humana, levando a pessoa de um patamar a outro de desenvolvimento.
Inicialmente esta palavra foi adotada pelo meio esportivo nos Países de língua Inglesa, e posteriormente expandida para o meio empresarial. Nos esportes uma pessoa intitulada “Coach”, quer dizer o “Técnico” ou o “Orientador” da equipe.
No mundo empresarial, em princípio, todo Gestor ou Líder é considerado um Coach natural da sua equipe. É o responsável por orientar e desenvolver os seus talentos, para obter os melhores resultados possíveis. Entretanto ao longo dos últimos anos as organizações perceberam, que o Gestor ser o único Coach do time, não era suficiente. Até porque a relação Líder e Liderado muitas vezes não ajuda para que esta conversa flua de maneira plena.
Em função disso alguns estudiosos, notando que havia necessidade de ter profissionais que apoiassem os Líderes nas organizações, criaram uma metodologia que pudesse ajudar as pessoas no seu desenvolvimento. Uma ajuda complementar ao próprio papel do Gestor/Líder. Os efeitos positivos e os resultados deste processo se mostram cada vez mais promissor. As empresas ganham com a melhora do desenvolvimento e da performance dos seus colaboradores e as pessoas ganham, pois melhoram as suas competências e o seu crescimento profissional.
Este processo tem feito tanto sucesso no mundo todo, que muitas empresas de Consultoria se dedicam a certificarem pessoas nas suas metodologias. O que é muito bom pois profissionaliza o processo, e prepara os indivíduos para atuarem com profissionais de Coaching.
Entretanto, algumas distorções acabam ocorrendo no mercado. Muitos acham que pode exercer este papel. Encontramos profissionais de várias áreas e funções, como vendas, finanças, negócios, engenharia, ou seja, funções mais técnicas, que se certificam em Coaching, e por necessidade ou por alguma razão se lançam ao mercado como Coach profissional. Nunca tiveram muitas vezes ao longo da sua carreira uma função mais específica de administrar pessoas, mas acreditam que sendo certificados estão aptos a exercer esta função.
Outra distorção que se verifica em função da popularidade deste processo, são pessoas bastante jovens com pouca experiência de vida, que fazem uma certificação, e também se julgam aptas a exercerem profissionalmente o papel de Coach. Como diz uma amiga minha, “eu jamais contrataria um Coach, que tivesse menos de 35 anos e pelo menos 10 ou 15 anos de experiência profissional”. Fazendo uma analogia, é o mesmo que você entrar num avião comercial de viagens intercontinentais cujo comandante da aeronave tem 25 ou 30 anos e algumas poucas horas de voo. Não se trata de ser mais ou menos jovem. Trata-se de que, para certas atividades na vida, é preciso ter experiência e vivência para exercer plenamente a função. Você confiaria um jovem médico a realizar sozinho uma cirurgia de coração de alta complexidade? Por mais brilhante que este médico possa ser, ele ainda não se deparou com várias situações que o qualificariam em termos de conhecimento e experiência.
Resumindo, este é o ponto fundamental na minha visão. Não basta ser certificado numa determinada metodologia de Coaching, para estar qualificado para exercer o papel de Coach. É muito mais do que isto. A metodologia é fundamental para nortear o processo, mas a experiência, a vivência, e o conhecimento é de fundamental importância para assegurar o pleno resultado deste processo.


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