segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

EM RIO QUE TEM PIRANHA, JACARÉ NADA DE COSTA: QUE VENHA 2015!


Não é novidade para ninguém que o ano de 2015 será bastante desafiador. A conjuntura econômica está projetando um ano com crescimento baixo e juros, dólar e inflação subindo. Este quadro é preocupante porque obrigará o governo a tomar medidas mais duras para combater esta situação e isto tem consequências no setor produtivo, bem como no mercado de trabalho. Do ponto de vista da teoria econômica, juros altos, são inversamente proporcionais à taxa de emprego. Por uma razão bem simples: juros altos servem para desaquecer a demanda, que desaquece a produção e que desaquece o emprego.  Em matéria de economia, todos estes elementos são conectados. Mexeu em qualquer um deles, tem impacto nos outros.

Este panorama é desafiador, mas com certeza muitas empresas terão bastante sucesso se souberem navegar por estes rios mais revoltos. É apenas isso... Portanto do ponto de vista empresarial é importante traçar uma estratégia para lidar com este cenário macroeconômico, partindo do princípio de que estas premissas fazem sentido. O Brasil por sua natureza e característica é carente em vários setores. Portanto existem oportunidades de negócios e mercado para muitas coisas, e em quantidades bem grandes. Só precisa ter um pouco mais de criatividade e inovação para encontrar os caminhos que levam ao tesouro.

Perspectivas mais desafiadoras, nos levam a uma estratégia empresarial mais cuidadosa, que nos conduzem a uma gestão de pessoas igualmente mais cautelosa. Não dá para imaginar que com estas hipóteses, será possível fazer uma gestão de RH mais agressiva, competitiva, etc. Claro que cada empresa terá uma situação específica, e deverá se adequar conforme os seus negócios permitirem.

Vale também lembrar que uma boa gestão de pessoas, leva em consideração não só a perspectiva de curto prazo, mas principalmente de médio e longo prazo. Ou seja, é um olho no peixe e outro no gato. Talvez pudéssemos classificar os gastos de RH em duas categorias: Despesas Administrativas e Investimentos no Capital Humano. Esse pode ser um bom critério para separar as despesas dos investimentos para o futuro.  As despesas e os custos administrativos devem ter uma gestão bastante rigorosa em tempos mais difíceis, porque o impacto na Gestão de RH terá menor importância, ou incômodo. Segue abaixo um exercício teórico para classificar estas duas contas:

DESPESAS/ CUSTOS ADMINISTRATIVOS

- Viagens

- Participação em eventos

- Assinaturas de revistas

- Despesas com telefone

- Refeições externas

- Etc

 
INVESTIMENTOS NO CAPITAL HUMANO

- Recrutamento de talentos

- Internet para treinamento ou contratações

- Treinamentos com retorno de curto prazo

- Consultorias específicas como Contratação, Coaching, Desenvolvimento de Líderes

- Etc

O espírito de classificar as despesas de RH em duas contas distintas tem como objetivo facilitar a decisão dos gastos, assim como fazemos do ponto de vista pessoal. Devemos nos perguntar: Esta despesa irá agregar valor ao negócio? É necessária? Precisa ser agora? , etc. Com algumas perguntas simples, podemos agir e tomar decisões acertadas quanto a melhor utilização dos recursos financeiros em tempos mais restritos.

Utilizar estes recursos financeiros agregando valor ao negócio, seja buscando talentos necessários, ou treinando e desenvolvendo pessoas e Líderes, permite dizer que são investimentos e não despesas que certamente agregarão valor ao negócio.

O bom Gestor de RH saberá fazer esta distinção entre o que é efetivamente Despesas e o que é Investimento em Gestão de Pessoas. Se souber usar estes recursos e este julgamento de forma correta, estará no caminho certo para ajudar a empresa a fazer a travessia do rio revolto e ter muito sucesso.

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