É bom esclarecer que Economia é um Ciência Humana e não
exata. Tem como principal objetivo o estudo da escassez. Neste sentido toda a
gestão econômica só agrega valor para a sociedade se tiver como objetivo final
o bem-estar humano. Se considerarmos como razoável e válido estes conceitos,
podemos por analogia traze-lo para a gestão de pessoas.
Tudo o que se faz em matéria de negócios no mundo, envolve
o relacionamento humano. Por mais que tenhamos hoje uma tecnologia avançada e
de ponta em várias áreas, sempre haverá um ser humano por trás de tudo isso, seja
para desenhar os modelos, plataformas, ou mesmo operar todos os sistemas. A
tomada de decisão e análise do melhor caminho a seguir depende da participação
humana, por mais apoiada que possa estar pela tecnologia. Portanto, o Capital
Humano é e será sempre o grande diferencial em todas atividades do planeta.
Em se tratando de organizações e negócios, como falei
anteriormente, essas relações comerciais ou não, vão depender da intervenção do
ser humano. O sucesso das organizações no mundo digital e da alta inovação,
cada vez mais depende do Capital Humano para produzir os melhores resultados. Todos
nós sabemos que o capital financeiro e a tecnologia, num mundo globalizado,
podem ser encontrados com uma certa facilidade em qualquer parte do globo, portanto,
isso não é mais um diferencial relevante. O grande diferencial hoje e no futuro
será o talento das pessoas, pois serão elas que produzirão inovação e
desenvolvimento para o futuro. Basta analisar o que aconteceu nos últimos anos
para comprovarmos este fato. Exemplos como Microsoft, Apple, Facebook,
Linkedin, e outros, demonstram na prática que o Capital Humano tem prevalecido
na criação de um novo mundo nos negócios.
Como a inovação e as relações de negócios dependem cada vez
mais do talento humano, isso nos faz refletir o quanto a Economia tem cada vez
mais influência do comportamento humano, versus as decisões econômicas
racionais e técnicas como apregoavam muitos Economistas. Talvez, como análise
dos fatos ocorridos na Economia, os modelos racionais e econométricos continuem
muito importantes e válidos, mas não conseguem explicar a totalidade do
comportamento da Economia, em função da participação cada vez maior das
decisões do fator humano nesta equação.
Tenho trabalhado como Consultor em Gestão de Pessoas junto
a grandes empresas Nacionais e Multinacionais, que possuem produtos de destaque
e de liderança no mercado. Fico impressionado de constatar a influência do
fator humano, tanto no sucesso quanto no insucesso do negócio, nessas grandes
organizações. Num mesmo segmento de mercado observa-se empresas que têm uma trajetória
brilhante, enquanto outras com o mesmo porte, tecnologia e disponibilidade de
capital que não possuem o mesmo brilho. Quando avalio porque essas empresas são
tão diferentes, a minha constatação é : O Capital Humano. Tudo é possível de
ser copiado, menos a composição do talento humano de uma organização.
Se ampliarmos este conceito, para uma visão macroeconômica de
um País, vamos constatar que muitos Países menores, com menos recursos naturais
e possibilidades, acabam se destacando e se diferenciando pelo seu Capital
Humano. Alguns exemplos marcantes no mundo: Japão, Coreia do Sul, Suíça, dentre
outros.
Se racionalmente analisássemos o potencial econômico desses
Países comparados com outras nações como Brasil, Rússia, Índia e México,
certamente concluiríamos que estes últimos teriam muito mais potencial
econômico, entretanto o que vemos é bastante diferente. Qual é a diferença? O
que faz com que se destaquem? A resposta é o Capital Humano, através de forte
investimento na educação, na liderança, atributos culturais e de valores que se
traduzem na prática, pelo comportamento humano de uma nação ou de uma
organização.
Os Países e as empresas precisam acreditar que só serão
bem-sucedidos e se destacarão se de fato investirem para valer no seu Capital
Humano.
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