Nos últimos anos os processos de Coaching ganharam muito
força e importância, à medida que as empresas tiveram mais consciência da
importância do desenvolvimento dos seus talentos. A origem da palavra Coaching
vem de veículo de transporte conhecido como carruagem (Coach). O significado
que foi adotado é que este processo tem como principal objetivo levar uma
pessoa de um lugar ou estágio de vida profissional ou pessoal a outro estágio. Em
outras palavras, como se fora um veículo de transporte das condições humana,
levando a pessoa de um patamar a outro de desenvolvimento.
Inicialmente esta palavra foi adotada pelo meio esportivo
nos Países de língua Inglesa, e posteriormente expandida para o meio
empresarial. Nos esportes uma pessoa intitulada “Coach”, quer dizer o “Técnico”
ou o “Orientador” da equipe.
No mundo empresarial, em princípio, todo Gestor ou Líder é
considerado um Coach natural da sua equipe. É o responsável por orientar e
desenvolver os seus talentos, para obter os melhores resultados possíveis.
Entretanto ao longo dos últimos anos as organizações perceberam, que o Gestor
ser o único Coach do time, não era suficiente. Até porque a relação Líder e
Liderado muitas vezes não ajuda para que esta conversa flua de maneira plena.
Em função disso alguns estudiosos, notando que havia
necessidade de ter profissionais que apoiassem os Líderes nas organizações,
criaram uma metodologia que pudesse ajudar as pessoas no seu desenvolvimento.
Uma ajuda complementar ao próprio papel do Gestor/Líder. Os efeitos positivos e
os resultados deste processo se mostram cada vez mais promissor. As empresas
ganham com a melhora do desenvolvimento e da performance dos seus colaboradores
e as pessoas ganham, pois melhoram as suas competências e o seu crescimento
profissional.
Este processo tem feito tanto sucesso no mundo todo, que
muitas empresas de Consultoria se dedicam a certificarem pessoas nas suas
metodologias. O que é muito bom pois profissionaliza o processo, e prepara os
indivíduos para atuarem com profissionais de Coaching.
Entretanto, algumas distorções acabam ocorrendo no mercado.
Muitos acham que pode exercer este papel. Encontramos profissionais de várias
áreas e funções, como vendas, finanças, negócios, engenharia, ou seja, funções
mais técnicas, que se certificam em Coaching, e por necessidade ou por alguma
razão se lançam ao mercado como Coach profissional. Nunca tiveram muitas vezes
ao longo da sua carreira uma função mais específica de administrar pessoas, mas
acreditam que sendo certificados estão aptos a exercer esta função.
Outra distorção que se verifica em função da popularidade
deste processo, são pessoas bastante jovens com pouca experiência de vida, que
fazem uma certificação, e também se julgam aptas a exercerem profissionalmente
o papel de Coach. Como diz uma amiga minha, “eu jamais contrataria um Coach,
que tivesse menos de 35 anos e pelo menos 10 ou 15 anos de experiência
profissional”. Fazendo uma analogia, é o mesmo que você entrar num avião
comercial de viagens intercontinentais cujo comandante da aeronave tem 25 ou 30
anos e algumas poucas horas de voo. Não se trata de ser mais ou menos jovem. Trata-se
de que, para certas atividades na vida, é preciso ter experiência e vivência
para exercer plenamente a função. Você confiaria um jovem médico a realizar
sozinho uma cirurgia de coração de alta complexidade? Por mais brilhante que
este médico possa ser, ele ainda não se deparou com várias situações que o
qualificariam em termos de conhecimento e experiência.
Resumindo, este é o ponto fundamental na minha visão. Não
basta ser certificado numa determinada metodologia de Coaching, para estar
qualificado para exercer o papel de Coach. É muito mais do que isto. A
metodologia é fundamental para nortear o processo, mas a experiência, a
vivência, e o conhecimento é de fundamental importância para assegurar o pleno
resultado deste processo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário