Processos de seleção e contratação
de profissionais em todos os níveis é muito difícil e trabalhoso. Por mais
organizado que esta metodologia possa ser, com uso de tecnologias, e modelos de
avaliação, o risco de errar é sempre alto. O pior é que o custo do erro é muito
caro para as empresas. Existem custos diretos como o salário, benefícios, etc.,
e os custos indiretos, muitas vezes invisíveis, que são o tempo da seleção, a
baixa produtividade, erros de decisões, e por aí afora...
A grande falha, na maioria das
vezes, é que a pessoa que está selecionando foca muito mais nas competências e
experiências que os candidatos têm, do que no comportamento ou personalidade da
pessoa. É mais fácil avaliar as competências e experiências, com perguntas
relativamente simples, do que tentar entender o comportamento e a atitude do
potencial candidato no trabalho.
Por esta razão é que existe uma
máxima em RH que diz: As empresas contratam por competências e demitem por
comportamento. Na maioria das organizações é exatamente isso acontece. Na
contratação quem está selecionando está mais preocupado em saber da experiência
do candidato, das empresas e posições que ocupou, e menos de como foi
trabalhando em time, liderando pessoas, lidando com situações conflitantes,
delegando e cobrando para que o trabalho se realize, e assim por diante. O
perigo do fracasso do profissional está muito mais relacionado com o seu
comportamento e a sua atitude no trabalho do que propriamente com a sua
competência.
Nos últimos anos as empresas
multinacionais americanas começaram a perceber isso de uma maneira mais clara.
Muitas delas adotaram modelos de “comportamentos chave” para poder avaliar
melhor os seus profissionais, ou até mesmo utilizar esses modelos na
contratação de novos colaboradores. Isto não quer dizer que a empresa tenta
padronizar os comportamentos ou deseja que todos tenham as mesmas atitudes,
afinal estamos falando de seres humanos. Entretanto isto acaba ajudando a criar
parâmetros mais concretos para poder ajudar as pessoas a não só melhorarem as
suas competências, mas também os seus comportamentos.
Este modelo tem sido difundido a
tal ponto que muitas empresas definiram que a performance de um profissional é
a somatória do seu desempenho/resultado mais os comportamentos. Não adianta
nada para uma organização, especialmente olhando para o longo prazo, que uma
pessoa atinja as suas metas de resultados e cause enormes problemas que refletirão
ou comprometerão o futuro da organização.
Outro aspecto a destacar sobre a importância
do comportamento nas organizações, é o fato de que hoje todos os times
trabalham de forma integrada para conseguir produzir os resultados desejados.
Portanto, ter comportamentos e atitudes que colaboram para o resultado
certamente fazem a diferença para se atingir as metas de negócios. Os desafios
e as dificuldades são cada vez maiores e muitos só consegue superar com um
trabalho de equipe, bem sintonizada e focada, onde o comportamento das pessoas
faz muita diferença.
Fica aqui o meu alerta para aquelas
pessoas que acham que, pelo fato de serem muito inteligentes e competentes,
terão muito sucesso. Cuidado!!! Se não tiverem os comportamentos e atitudes
corretas, por mais que sejam competentes, poderão comprometer o seu futuro.
Vale lembrar que o sucesso na
carreira é uma combinação de competências, comportamentos, performance e porque
não dizer, um pouquinho de sorte também!!!
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