Final
do ano é uma boa época para fazer um balanço dos resultados, das conquistas de
tudo o que aconteceu na vida profissional e pessoal. Este é um bom momento para
avaliar especificamente como está indo a progressão da carreira. Afinal quem
não nasceu em berço de ouro, depende do trabalho e da carreira para progredir
profissionalmente.
Para
aqueles que neste final de ano estão passando por um período de transição de
carreira, não se preocupem além do necessário. Às vezes temos um sentimento de
fracasso, pensamos que só existia aquele emprego, e posso afirmar que isto não
verdade. O mundo do trabalho é muito maior do que as vezes imaginamos, e um bom
profissional certamente encontrará uma nova oportunidade de carreira em breve.
Algum dia todos enfrentarão uma transição de carreira. O importante é levantar
a cabeça e seguir adiante. Coloque um plano de ação em curso em que o principal
objetivo seja a busca de uma nova oportunidade.
Para
aquelas empresas que fazem demissão no final do ano e próximo ao Natal, só
posso lamentar... É uma demonstração da cultura mesquinha e da visão pequena da
sua Liderança. São empresas que, por este comportamento, pensam que
responsabilidade social é fazer doação e depois muita propaganda para dizer que
são socialmente responsáveis. Não sabem de nada e espero que os seu Líderes um
dia não tenham que passar por uma situação como essa. Por sorte essas empresas
são exceções e não a regra geral.
Mesmo
em situações adversas, precisamos continuar o foco no crescimento na carreira. Muitas
pessoas têm dificuldades para gerenciar as suas carreiras e perceberem que ela
não está deslanchando na velocidade que gostariam. Este tema é bastante
complexo, muito mais que possamos imaginar. Há componentes técnicos,
competências específicas e amplas, além de experiências profissionais,
histórico de empresas e funções, etc.
Como
podemos notar, o assunto é bastante amplo, embora muitos prefiram adotar para
as suas carreiras o modelo Zeca Pagodinho: “Deixa a vida me levar....vida leva
eu, deixa a vida me levar.......”
O
diagnóstico não é simples, mas eu gostaria de abordar um único tópico que é: O
Comportamento.
Eu
vi na minha vida profissional mais pessoas terem sucesso ou insucesso nas suas
carreiras em função dos seus comportamentos, do que qualquer outro fator de
desenvolvimento profissional. Existe uma máxima em Recursos Humanos que é:
“Contratamos por competências e demitimos por comportamentos.....” Esta máxima
se revela muito apropriada para a realidade do que acontece nas empresas e na
vida das pessoas.
Do
que adianta fazer MBA, cursos, especializações, idiomas, etc e depois ter
comportamentos completamente inadequados no trabalho, no convívio com outras
pessoas, no trato com os subordinados, e por aí afora?
Quantas
pessoas passaram na minha vida profissional que eram ótimas tecnicamente, mas
tinham comportamentos totalmente inadequados no trato com outros indivíduos?
Cedo ou tarde, eu vi essas pessoas naufragarem, embora inteligentes e muito
competentes, nas suas áreas de expertise. As empresas ainda infelizmente
toleram comportamentos inadequados, enquanto os resultados estão aparecendo, o
que é um erro na construção da cultura e do que se quer para o futuro. Mas
basta a primeira crise, ou a falta de resultados e essas pessoas são demitidas.
Muitas vezes elas se questionam por não entenderem o que aconteceu, pois
produziam muito mas não percebiam que criavam um ambiente péssimo de trabalho, não
alinhado muitas vezes com a cultura da empresa.
As
organizações mais modernas há algum tempo já se deram conta de que o
profissional para ser completo e ter chances de crescer tem que ter:
Competências + Comportamento. Portanto, o seu desempenho depende dessas
variáveis, e não apenas do resultado em si.
Isso passou a ser tão importante que essas empresas definiram
“Comportamentos Chave”, que desejam ver no comportamento individual dos seus
colaboradores.
Por
exemplo: Energizar Pessoas, Trabalhar em Time, Desenvolver Pessoas, Comunicar
Abertamente, etc. Quando avaliam o desempenho, ou mesmo quando avaliam o
potencial de crescimento de carreira de um profissional, levam em conta os
“Comportamentos Chave”, nas suas decisões. Sabem que o desenvolvimento de uma
cultura de colaboração e cooperação depende disso. E também sabem que isso irá
impactar os resultados de curto e longo prazo. Especialmente os resultados mais
consistentes de longo prazo.
Resumindo,
para aqueles profissionais que acham que terão sucesso só por suas competências
técnicas, eu faço um alerta: Cuidado!! Comportem-se!!! É muito importante ter comportamentos
alinhados à cultura da empresa, gerando empatia em sua volta, cuidando das
pessoas, e estando disponíveis. Criem um clima de colaboração e cooperação a
sua volta. Tratem as pessoas como vocês gostariam de serem tratados.
Quando
uma pessoa é vista como competente tecnicamente, e do ponto de vista de
comportamentos, eu posso assegurar que a sua carreira irá para frente, pois
acima de tudo, ela terá resultados superiores aos demais colegas. Vale a pena
cuidar do Comportamento para ter sucesso na Carreira!
Concordo plenamente, um dos maiores desafios que vem com o uso dos comportamentos nas avaliações de desempenho é transmitir algo tangível para o público alvo que não se sente confortável quando lida com algo intangível . Por isso recomenda-se o uso de ferramentas de assessment (management assessment, avaliação individual, 360o, calibração, etc.) e ainda inserir esta etapa dentro de um processo de desenvolvimento pessoal, profissional (PDI ou IDP) e ainda organizacional (usar mesmos critérios e ferramentas desde o recrutamento até a transição)
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