Não é
novidade para ninguém que o ano de 2015 será bastante desafiador. A conjuntura
econômica está projetando um ano com crescimento baixo e juros, dólar e
inflação subindo. Este quadro é preocupante porque obrigará o governo a tomar
medidas mais duras para combater esta situação e isto tem consequências no
setor produtivo, bem como no mercado de trabalho. Do ponto de vista da teoria
econômica, juros altos, são inversamente proporcionais à taxa de emprego. Por
uma razão bem simples: juros altos servem para desaquecer a demanda, que
desaquece a produção e que desaquece o emprego.
Em matéria de economia, todos estes elementos são conectados. Mexeu em
qualquer um deles, tem impacto nos outros.
Este
panorama é desafiador, mas com certeza muitas empresas terão bastante sucesso
se souberem navegar por estes rios mais revoltos. É apenas isso... Portanto do
ponto de vista empresarial é importante traçar uma estratégia para lidar com
este cenário macroeconômico, partindo do princípio de que estas premissas fazem
sentido. O Brasil por sua natureza e característica é carente em vários
setores. Portanto existem oportunidades de negócios e mercado para muitas
coisas, e em quantidades bem grandes. Só precisa ter um pouco mais de
criatividade e inovação para encontrar os caminhos que levam ao tesouro.
Perspectivas
mais desafiadoras, nos levam a uma estratégia empresarial mais cuidadosa, que
nos conduzem a uma gestão de pessoas igualmente mais cautelosa. Não dá para
imaginar que com estas hipóteses, será possível fazer uma gestão de RH mais
agressiva, competitiva, etc. Claro que cada empresa terá uma situação
específica, e deverá se adequar conforme os seus negócios permitirem.
Vale
também lembrar que uma boa gestão de pessoas, leva em consideração não só a
perspectiva de curto prazo, mas principalmente de médio e longo prazo. Ou seja,
é um olho no peixe e outro no gato. Talvez pudéssemos classificar os gastos de
RH em duas categorias: Despesas Administrativas e Investimentos no Capital
Humano. Esse pode ser um bom critério para separar as despesas dos
investimentos para o futuro. As despesas
e os custos administrativos devem ter uma gestão bastante rigorosa em tempos
mais difíceis, porque o impacto na Gestão de RH terá menor importância, ou
incômodo. Segue abaixo um exercício teórico para classificar estas duas contas:
DESPESAS/
CUSTOS ADMINISTRATIVOS
-
Viagens
-
Participação em eventos
-
Assinaturas de revistas
-
Despesas com telefone
-
Refeições externas
- Etc
INVESTIMENTOS
NO CAPITAL HUMANO
-
Recrutamento de talentos
- Internet
para treinamento ou contratações
-
Treinamentos com retorno de curto prazo
-
Consultorias específicas como Contratação, Coaching, Desenvolvimento de Líderes
- Etc
O
espírito de classificar as despesas de RH em duas contas distintas tem como
objetivo facilitar a decisão dos gastos, assim como fazemos do ponto de vista
pessoal. Devemos nos perguntar: Esta despesa irá agregar valor ao negócio? É
necessária? Precisa ser agora? , etc. Com algumas perguntas simples, podemos
agir e tomar decisões acertadas quanto a melhor utilização dos recursos
financeiros em tempos mais restritos.
Utilizar
estes recursos financeiros agregando valor ao negócio, seja buscando talentos
necessários, ou treinando e desenvolvendo pessoas e Líderes, permite dizer que
são investimentos e não despesas que certamente agregarão valor ao negócio.
O bom
Gestor de RH saberá fazer esta distinção entre o que é efetivamente Despesas e
o que é Investimento em Gestão de Pessoas. Se souber usar estes recursos e este
julgamento de forma correta, estará no caminho certo para ajudar a empresa a
fazer a travessia do rio revolto e ter muito sucesso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário