terça-feira, 31 de outubro de 2017

O CAPITAL HUMANO: COMPONENTE FUNDAMENTAL NA ECONOMIA COMPORTAMENTAL


É bom esclarecer que Economia é um Ciência Humana e não exata. Tem como principal objetivo o estudo da escassez. Neste sentido toda a gestão econômica só agrega valor para a sociedade se tiver como objetivo final o bem-estar humano. Se considerarmos como razoável e válido estes conceitos, podemos por analogia traze-lo para a gestão de pessoas.

Tudo o que se faz em matéria de negócios no mundo, envolve o relacionamento humano. Por mais que tenhamos hoje uma tecnologia avançada e de ponta em várias áreas, sempre haverá um ser humano por trás de tudo isso, seja para desenhar os modelos, plataformas, ou mesmo operar todos os sistemas. A tomada de decisão e análise do melhor caminho a seguir depende da participação humana, por mais apoiada que possa estar pela tecnologia. Portanto, o Capital Humano é e será sempre o grande diferencial em todas atividades do planeta.

Em se tratando de organizações e negócios, como falei anteriormente, essas relações comerciais ou não, vão depender da intervenção do ser humano. O sucesso das organizações no mundo digital e da alta inovação, cada vez mais depende do Capital Humano para produzir os melhores resultados. Todos nós sabemos que o capital financeiro e a tecnologia, num mundo globalizado, podem ser encontrados com uma certa facilidade em qualquer parte do globo, portanto, isso não é mais um diferencial relevante. O grande diferencial hoje e no futuro será o talento das pessoas, pois serão elas que produzirão inovação e desenvolvimento para o futuro. Basta analisar o que aconteceu nos últimos anos para comprovarmos este fato. Exemplos como Microsoft, Apple, Facebook, Linkedin, e outros, demonstram na prática que o Capital Humano tem prevalecido na criação de um novo mundo nos negócios.

Como a inovação e as relações de negócios dependem cada vez mais do talento humano, isso nos faz refletir o quanto a Economia tem cada vez mais influência do comportamento humano, versus as decisões econômicas racionais e técnicas como apregoavam muitos Economistas. Talvez, como análise dos fatos ocorridos na Economia, os modelos racionais e econométricos continuem muito importantes e válidos, mas não conseguem explicar a totalidade do comportamento da Economia, em função da participação cada vez maior das decisões do fator humano nesta equação.  

Tenho trabalhado como Consultor em Gestão de Pessoas junto a grandes empresas Nacionais e Multinacionais, que possuem produtos de destaque e de liderança no mercado. Fico impressionado de constatar a influência do fator humano, tanto no sucesso quanto no insucesso do negócio, nessas grandes organizações. Num mesmo segmento de mercado observa-se empresas que têm uma trajetória brilhante, enquanto outras com o mesmo porte, tecnologia e disponibilidade de capital que não possuem o mesmo brilho. Quando avalio porque essas empresas são tão diferentes, a minha constatação é : O Capital Humano. Tudo é possível de ser copiado, menos a composição do talento humano de uma organização.

Se ampliarmos este conceito, para uma visão macroeconômica de um País, vamos constatar que muitos Países menores, com menos recursos naturais e possibilidades, acabam se destacando e se diferenciando pelo seu Capital Humano. Alguns exemplos marcantes no mundo: Japão, Coreia do Sul, Suíça, dentre outros.

Se racionalmente analisássemos o potencial econômico desses Países comparados com outras nações como Brasil, Rússia, Índia e México, certamente concluiríamos que estes últimos teriam muito mais potencial econômico, entretanto o que vemos é bastante diferente. Qual é a diferença? O que faz com que se destaquem? A resposta é o Capital Humano, através de forte investimento na educação, na liderança, atributos culturais e de valores que se traduzem na prática, pelo comportamento humano de uma nação ou de uma organização.

Os Países e as empresas precisam acreditar que só serão bem-sucedidos e se destacarão se de fato investirem para valer no seu Capital Humano.

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