Nunca se falou tanto de Cultura
Organizacional como nos tempos atuais. Se você quer ter sucesso numa empresa,
tem que entender a cultura dela. Se você quer ser promovido tem que estar
alinhado com a cultura. De repente parece que saber lidar com a cultura da
organização, é a fórmula para o sucesso.
O discurso das empresas é que
devemos trazer “diversidade” para a organização, pois assim vamos oxigenar a
forma de pensar da empresa. Faz sentido. Se todas as pessoas tiverem as mesmas
formações, o mesmo perfil social ou vierem geograficamente da mesma região,
certamente não teremos muitas ideias novas ou inovações. Por outro lado, quanto
mais pessoas de gênero, origem e raças, diferentes, maior será a riqueza de
ideias e de formas distintas de pensar. Talvez seja mais trabalhoso organizar
pessoas tão diferentes, mas o resultado valerá a pena. As ideias e a maneira de
lidar com as coisas será mais rica, e possivelmente, mais produtiva e
eficiente.
Conceitualmente faz muito sentido,
mas na prática a coisa parece bem diferente. Uma boa parte das organizações
adora a “cultura picles”. Essa forma criativa de denominar, é fácil de explicar: as empresas contratam pessoas diferentes,
dentro do conceito de diversidade para trazerem ideias criativas, inovadoras,
etc. A empresa quer que essas pessoas se alinhem e se insiram na “cultura” delas.
Se fizermos uma analogia com os vegetais, é como se comprássemos cebola,
cenoura e pimentão, para termos uma salada variada e depois colocássemos tudo num
pote de azeite ou vinagre, que é a “cultura”. O que acontece com os vegetais
depois de algum tempo é que perdem os seus sabores originais e ficam todos com
o mesmo gosto. Sabor de picles. Isso é exatamente o que acontece nas
organizações. Elas contratam pessoas com “sabores” diferentes, e depois colocam
todas dentro do pote de “cultura”. Após um certo tempo, estão todos pensando e
agindo da mesma forma. As pessoas que eram diferentes, vão tendo o mesmo jeito
de pensar e perdem suas características originais que tinham no início.
As empresas muitas vezes não se dão
conta disso. Quanto mais diversidade houver num grupo, maior será a riqueza dos
resultados produzidos, mas em contrapartida, mais trabalho a Liderança terá
para gerencia-lo. Em busca de uma praticidade de gestão, uma boa parte das
empresas acaba fortalecendo a “cultura picles”, onde todos, apesar do seus
sabores diferentes originalmente, acabam tendo o mesmo gosto com o passar do tempo.
O risco disso é a empresa perder sua capacidade de inovação, de criatividade, de melhoria de processos, etc., tão importantes para o crescimento do negócio no futuro. Nunca as empresas dependeram tanto do talento e da inovação para ter sucesso no negócio. Se isto fizer sentido, elas devem combater esta cultura da padronização, e privilegiar a forma diferente de pensar. Quem sabe poderemos chamar isto de uma salada mista, tudo junto e misturado.
O risco disso é a empresa perder sua capacidade de inovação, de criatividade, de melhoria de processos, etc., tão importantes para o crescimento do negócio no futuro. Nunca as empresas dependeram tanto do talento e da inovação para ter sucesso no negócio. Se isto fizer sentido, elas devem combater esta cultura da padronização, e privilegiar a forma diferente de pensar. Quem sabe poderemos chamar isto de uma salada mista, tudo junto e misturado.
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