A
definição para este tema é a seguinte: “Personnel Economics is defined as the
application of microeconomic principles to human resources issues that are of
concerns to most businesses”. “Economia do Trabalho é definido como a aplicação dos
princípios microeconômicos em questões de recursos humanos que preocupam a
maioria dos negócios”.
A abordagem da gestão econômica de recursos humanos é
bem diferente da abordagem da administração de recursos humanos, ou da gestão
de pessoas, como normalmente vemos nas organizações. É uma visão focada nos
vários temas e suas implicações do ponto de vista microeconômico, seja de
custos, investimentos e produtividade e suas implicações econômicas para o negócio.
Por exemplo, nesta visão, o incentivo para o
trabalhador ser mais produtivo vem da sua remuneração, seja fixa e/ou variável,
mais do que qualquer outro elemento que faça parte deste contexto. Outra visão:
os interesses do empreendedor ou dono do capital são divergentes pela sua
natureza dos interesses dos trabalhadores. Isso não quer dizer que não se possa
encontrar uma forma de que estes interesses convirjam para um mesmo lado. A
forma encontrada para se equacionar estes interesses tem sido os contratos
coletivos e as negociações trabalhistas.
Entretanto, a Economia do Trabalho vai muito além da
simples negociação trabalhista, que visa acomodar os interesses, principalmente
econômicos, entre as empresas e os trabalhadores. Há uma quantidade imensa de
outros temas que fazem parte deste contexto. Por exemplo, toda a gestão da
remuneração dos trabalhadores e a sua relação com o desempenho, e a
produtividade do trabalho. Quanto desta despesa ou investimento em pessoas irá
gerar de resultado econômico para o negócio? Qual é quantidade de pessoas que
faz sentido para o negócio? Quantas posições hierárquicas são necessárias no
desenho da organização, e o que isso resultará em resultado para o negócio?
Qual é o custo para a contratação de pessoas? Qual é o retorno de investimento
para cada função na organização? Qual é custo do turnover da minha empresa?
Qual é o impacto dos gastos com treinamento no aumento da produtividade da
empresa? Quanto o negócio deve gerar para sustentar o plano de aposentadoria da
empresa? Qual é o retorno deste investimento?
Há uma infinidade de outros gastos ou investimentos, tais
como benefícios direto e indireto, encargos trabalhistas, custos
administrativos, e tantos outros que muitas vezes não são devidamente
gerenciados ou compreendidos de forma estruturada e na visão econômica. Além da
gestão, muitas vezes, ser feita de uma maneira empírica e geral, várias
empresas não conhecem o impacto ou as implicações destas despesas/investimentos
com relação ao resultado do seu negócio.
A Economia do Trabalho vem sendo estudada desde o início
da década de 70 nos Estados Unidos, entretanto até momento ainda continua sendo
um assunto mais acadêmico do que empresarial. Hoje já existe um movimento
focando no tema de “Analytical Data”, pois cada vez mais as organizações
percebem que necessitam de informações mais específicas e analíticas para as
suas tomadas de decisões. Obviamente que todo o avanço na tecnologia tem
contribuído muito para que as organizações possam ter informações, cada vez
mais rápida, a custo cada vez menor.
No futuro é possível que as empresas tenham no seu
quadro ou em empresas parceiras “Economistas do Trabalho”, que estudarão e
gerenciarão os temas acima abordados, e ajudarão as organizações na melhor
tomada de decisão econômica, relativas às pessoas para o seu negócio.
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