O maior dilema que as empresas
vivem atualmente é como engajar as pessoas na organização. Este desafio fica
ainda maior em se tratando de um momento de crise como o que vivemos atualmente
no Brasil. Muitas organizações procuram fazer pesquisas de clima ou mesmo de
engajamento, para monitorar os seus ambientes e tomar ações para que as pessoas
fiquem comprometidas.
No passado havia um contrato de
“lealdade” entre a organização e a pessoa. Portanto aquele que era um bom profissional,
competente, e leal à organização, de uma certa forma era “protegido” pela
própria empresa. Claro, desde que não fizesse uma grande bobagem. Com o
decorrer dos anos, e especialmente depois da reengenharia e do advento da
globalização, as empresas não puderam mais manter este “contrato de lealdade”.
A razão é que aumentou em muito a competitividade e a necessidade das empresas
serem mais eficientes e produtivas. Isso em alguns momentos passa por redução
de quadro de funcionários, o que vai de encontro com o que se praticava na
época.
Por outro lado, as pessoas que de
uma alguma forma se sentiam “protegidas” por este “contrato de lealdade”, ficaram
mais expostas e sujeitas às decisões de negócios, que podem fazer sentido, mas
que implicaram em medidas de demissão, etc. Em função desta “quebra de
contrato”, as pessoas também deixaram de ter esta relação de “lealdade” com a
organização.
Em tempos mais difíceis,
obviamente isso não fez e não faz diferença para as empresas, uma vez que há
disponibilidade de gente no mercado. Ocorre que, em tempos da economia em
crescimento, e com a saída dos babyboomers do mercado de trabalho, muitas
empresas sofreram com a perda de talentos. E o pior, agora já não existe mais o
“contrato de lealdade”. As pessoas objetivamente olham os seus interesses de um
lado, e as empresas olham os seus interesses do outro lado. Talvez esta relação
até seja mais profissional, e faça sentido para os negócios, porém cria uma
pressão enorme para as organizações em tempos de escassez de talentos.
Para atenuar esta situação as
empresas começaram a se preocupar com o “Engajamento” das pessoas. Passaram a
monitorar com maior cuidado o seu ambiente de trabalho e as suas práticas de
gestão de seus colaboradores. É fundamental para as empresas reterem os seus
melhores talentos, para o bem do seu negócio, independente dos tempos serem
bons ou de crise. Todos sabemos que a crise é passageira. Pode demorar mais ou
menos, mas ela não permanecerá para sempre. Algumas organizações fazem os seus
investimentos neste momento, para estarem preparados quando a economia voltar a
crescer. É uma decisão bem estratégica e inteligente.
Com o objetivo de avaliar o grau
de engajamento nas organizações a Westin desenvolveu uma metodologia que avalia,
de um lado o Grau de Significado do Trabalho para a pessoa e do outro o Grau de
Propósito que o trabalho tem para ela. Esses são elementos essenciais para que
um indivíduo se sinta efetivamente engajado com o seu trabalho e com a
organização. Monitorar o grau de engajamento das pessoas, é essencial para
garantir os talentos humanos para o bem do negócio.
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