Quantas vezes já ouvimos nas
organizações, ou mesmo fora delas, que todo mundo é substituível. Será? Eu
mesmo falei muitas vezes dessa forma quando era Executivo. Acho que os Líderes
nas empresas gostavam e gostam de falar dessa forma, para que os colaboradores
não se achem tão importantes e tão críticos para o negócio. Um pouco na linha
de “quem desdenha quer comprar ”...
Atualmente com mais experiência,
fazendo e revendo algumas reflexões do passado, acho que ninguém é
substituível, contrariando o que sempre se falou. A minha visão hoje mais do
que nunca, é que cada pessoa é única. Não é possível substituir uma pessoa por
outra exatamente igual. Nem que seja um clone.
Basta olharmos exemplos no esporte,
na arte e na literatura. Dá para substituir o Pelé? Dá para substituir
Michelangelo? Dá para substituir um Churchill? E um Monet? E um Jorge Amado? E
para finalizar a lista, Albert Einstein?
Existem muitos exemplos que
reforçam essa minha reflexão, de que não é possível substituir uma pessoa. Mas
nem por isso o mundo parou, e outras pessoas tão geniais quanto estas, continuaram
a aparecer. Isso mesmo. A genialidade e o conhecimento humano se somam, não são
substituídas. Esta é a beleza do ser humano, e que faz a humanidade avançar.
As organizações talvez tenham que
rever este conceito de que todas as pessoas são substituíveis e mudar para
todas as pessoas são passíveis de sucessão. Neste processo, as empresas
buscarão uma sucessão melhor do que o anterior, mesmo que isto nem sempre
aconteça. É desta forma que as organizações melhoram as suas competências e por
consequência, a sua produtividade e os seus resultados.
Isto é tão verdadeiro que, quando
na empresa avalia o seu “pool” de talentos, através de um processo formal e
estruturado, dá se o nome de discussão do “Plano de Sucessão” e não “Plano de
Substituição”. O que se busca é identificar potenciais talentos na organização
que possam assumir posições de maiores responsabilidades, especialmente nos
diversos níveis de Liderança.
Portanto, eu diria hoje aqui com
os meus pensamentos que é um mito dizer que ninguém é insubstituível. Todos nós
podemos ser sucedidos por outras pessoas, tão ou mais competentes do que nós
mesmos, mas cada pessoa possui um talento próprio, assim como as virtudes e
defeitos.
Se olharmos para a estrutura maior
da nossa sociedade que é a família, dá para imaginar que um pai, uma mãe ou um
filho podem ser substituíveis? Nem pensar, não é verdade? Cada um tem o seu
brilho próprio, a sua característica, e esta diversidade de pessoas e talentos
é que fazem o mundo ser interessante e divertido. Quantas vezes uma pessoa não
serve para uma organização e na outra empresa desponta como um colaborador diferenciado
e com muito sucesso.
Logo, a minha conclusão é a
seguinte: As pessoas são sim insubstituíveis!!!!
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