Todos sabemos que 2015 será um ano muito desafiador
do ponto de vista dos negócios. As estatísticas econômicas têm mostrado que as
Economias estão crescendo pouco, ou
muito abaixo do esperado, especialmente
nos países emergentes. No Brasil
particularmente, a nossa Economia está praticamente parada com um crescimento
do PIB muito próximo de 0 a 1%, o que é muito baixo para um País com a nossa
potencialidade. Para complicar, no próximo ano será necessário que o Governo
tome algumas decisões econômicas difíceis, para poder arrumar a casa, abaixar a
inflação e fazer o país voltar a crescer. O que talvez ocorra só em 2016/17, a
depender do cenário externo.
Com este panorama pela frente, dificilmente
as empresas escaparão de fazer ajustes,
e tomar providências de cautela e prevenção para preservar o seu
negócio. Dentro dessas medidas possivelmente elas terão que focar nos seguintes
pontos:
1- Rever as suas estruturas de custos e despesas
2- Avaliar a rentabilidade do portfolio de produtos
3- Fazer uma gestão do caixa mais rigoroso
4- Reduzir custos e despesas que não agregam valor
5- Avaliar a estrutura organizacional vis a vis à
necessidade do negócio
6- Ser mais rigoroso nos investimentos em Marketing, com
foco no curto prazo
7- Aumentar o esforço de vendas, selecionando nichos,
regiões, mercados, etc
8- Ser mais rigoroso nas negociações com fornecedores
9- Aumentar prazo de pagamentos e negociar preços e
prazos de vendas
10- Avaliar e administrar de forma mais eficiente as
despesas financeiras, e tributárias
Não necessariamente terão que
tomar todas essas decisões de negócios, mas sejam quais forem, terão impacto
direto na gestão, na organização e nas pessoas. Como popularmente dizemos, não
é possível fazer omelete sem quebrar os ovos. As empresas terão que fazer ajustes
no curto prazo para fazer frente aos desafios que a Economia irá apresentar no
ano de 2015. Não há nada de especial
nisso, mas são ajustes que de tempos em tempos são necessários para adequar o
negócio aos ciclos econômicos. Portanto nada de pânico, mas sim foco nas coisas
que irão agregar mais valor ao negócio.
Do ponto de vista de Gestão de
Recursos Humanos este cenário também vai requerer algumas medidas e decisões
para apoiar a empresa na melhoria do resultado do negócio. Partindo que a
premissa econômica acima esteja correta, e que as empresas terão que fazer
ajustes, seguem algumas sugestões do ponto de vista de Recursos Humanos:
1- Avaliar a estrutura organizacional frente à demanda
dos negócios
2- Ser mais rigoroso na reposição e na criação de vagas
de trabalho
3- Buscar sinergias e oportunidades de redução de custo e
despesas
4- Avaliar e, se possível, negociar preços com os
prestadores de serviços
5- Administrar de forma rigorosa a política de salários
6- Ser mais eficiente no gerenciamento do desempenho
7- Assegurar que as metas e objetivos estejam bem feitas
e desafiadoras
8- Se possível, criar incentivos para aumentar as vendas
e reduzir os custos e despesas
9- Apoiar e ajudar a Liderança na Gestão de Pessoas
10- Melhorar a comunicação gerando mais engajamento e foco
nas pessoas
A Gestão de Pessoas precisa ter
um alinhamento direto com a Gestão dos Negócios. Assim como numa estrada que
tem neblina é preciso usar o farol baixo e diminuir a velocidade, neste momento
é preciso ter uma visão de curto prazo. Quando a neblina se dissipar, ou seja,
quando a economia melhorar, aí sim será a hora de colocar a luz alta, e dar
velocidade ao carro, ou nos projetos de longo prazo. As empresas que souberem
fazer isso de forma natural e adequada se sairão bem. Como dizia Charles
Darwin, não são os maiores e os mais fortes que sobrevivem, mas os que têm
maior capacidade de adaptação...
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