Esta semana participei de uma
reunião de um dos Grupos de RH que eu faço parte e o tema foi “Empatia”. Foi
uma reflexão muito interessante, e me esclareceu vários conceitos que eu tinha
em mente. Além disso me fez refletir de uma forma mais ampla sobre a nossa
própria cultura, no País e nas Organizações. Concluí que no Brasil e nas
Organizações temos muitas pessoas e Líderes simpáticos, mas muito poucos empáticos.
Sabe aquela coisa de Brasileiro que sempre é muito gentil, e fala para a pessoa
aparecer em casa, mas nunca dá o endereço onde mora?
Do ponto de vista organizacional creio
que também temos trabalhado de alguma forma o perfil do Líder de um jeito
equivocado. É apenas uma opinião. Queremos Líderes mais humanos, menos
autocráticos e porque não dizer, mais “simpáticos” nos seus relacionamentos com
os pares e principalmente com os subordinados. Até aí tudo bem, e isso é notável
porque aproxima as pessoas e facilita a comunicação. Entretanto eu creio que
estamos deixando de lado um conceito muito importante que é do Líder Empático.
Apenas para conceituarmos o que
estamos falando, a pergunta é: O que é Empatia? Uma definição bem simples é a
seguinte: Se colocar no lugar do outro. Como podemos perceber, este conceito é
muito mais complexo e importante do que apenas ser simpático, gentil, educado e
não necessariamente se importando com o outro. Quando penso nisso,
automaticamente me lembro de vários “Líderes Simpáticos”, mas que no fundo
estavam apenas preocupados com o seu próprio sucesso, ou mesmo tentando
sobreviver na vida corporativa.
Por esta, entre outras várias
razões, é que nas empresas os Líderes deveriam dedicar mais tempo para dar
feedback para os seus liderados, ou mesmo investir mais tempo na discussão do
performance, desenvolvimento e carreira das pessoas. Se ser empático é se colocar
no lugar do outro, não dá para um Líder ser diferente, sem se dedicar a
aprofundar em apoiar os seus liderados, se colocando no lugar deles. Não
adianta discutirmos Liderança de uma forma teórica e conceitual, se os Líderes
não praticarem para valer a empatia com os seus liderados.
Se ampliarmos e analisarmos este
conceito de forma mais ampla, também sinto que de alguma forma é isso que
acontece em nosso País. Somos conhecidos no mundo inteiro por um povo alegre e
“simpático”, entretanto convivemos com várias mazelas em nossa sociedade, como
isso não fizesse parte da nossa realidade. Quando avaliamos quantos amigos
temos de verdade, que fariam qualquer coisa por nós, possivelmente não
completaríamos o número de dedos de uma única mão.
Em resumo, precisamos muito da
empatia das pessoas para seguirmos adiante, seja no desenvolvimento das
pessoas, de uma organização ou até mesmo de um País. Não basta ser “simpático a
uma causa” se eu não faço nada por ela. E em se tratando de Liderança, estar
presente na vida dos liderados, é ter certeza de que entende de fato o que o
outro precisa, por se colocar no lugar dele. O Líder ao fazer isso
além de ajudar os seus liderados, certamente estará aumentando o resultado da
sua equipe, e por consequência do negócio.
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