Sabemos que a única coisa permanente
na vida é a mudança, entretanto na hora de lidarmos com as várias oscilações
que ocorrem em nossa vida, muitas vezes temos uma tremenda dificuldade. Nossa
primeira reação é a “negação”. Questionamos as razões e o porquê da mudança,
seja no campo pessoal, profissional, familiar, etc. A negação não é de todo
ruim, pois faz parte do entendimento do que está acontecendo. Pode ser vista
até como um ato de responsabilidade ou de maturidade. Ninguém entra numa
mudança se jogando simplesmente. Seria muita irresponsabilidade. Na sequência
deste processo, vem a “resistência”. É natural que as pessoas prefiram ficar no
seu porto seguro a se arriscar para transformar. Faz todo sentido, porém, às
vezes a mudança é necessária, ou até obrigatória para que possamos evoluir,
crescer ou conquistar algo. A resistência se caracteriza por querer entender de
forma mais profunda, se realmente vale a pena fazer uma modificação. A partir
deste momento entramos no que chamamos de “exploração”. Após entendermos melhor
a situação, começamos a explorar as possibilidades e os benefícios da mudança.
Ou seja, pensando melhor, vale mesmo a pena mudar, porque isso vai ser bom para
a minha vida pessoal, para a minha carreira, para o meu relacionamento familiar
e assim por diante. Por exemplo, se a transformação implica numa mudança de
cidade, ou de bairro, o momento da exploração é quando se avalia o que a nova
cidade ou o novo bairro tem de vantagens comparado com o anterior. Se a pessoa
estiver convencida de que o novo local é de fato melhor, porque é mais tranquilo,
tem escolas próximas ou outros benefícios, é o momento de passarmos para a fase
final da mudança que é o “comprometimento”. Avaliamos todo o processo e
chegamos à conclusão de que este movimento será muito bom e trará grandes vantagens.
Portanto, a pessoa estará totalmente de acordo e comprometida e isso será muito
importante para o sucesso e o resultado positivo.
Algumas coisas influenciam este
processo e a sua velocidade de aceitação. Num processo de mudança, o “fator
surpresa” tem um grande impacto tanto para aceitação ou negação/ resistência.
As vezes nos faz tomar decisões que podem ser boas ou não. Outro fator que
influencia o nosso processo de lidar com a mudança é a sua “magnitude”. Se ela
é pequena ou banal e do cotidiano, é provável que não se pense e toca-se o
barco para frente. Todos os dias lidamos com estas pequenas oscilações, que já
fazem parte do nosso dia a dia. Entretanto, se for uma decisão como um
casamento, uma transferência para outro País, uma troca de emprego, a coisa
muda de figura. Vai exigir da pessoa muito mais cautela, análise para tomar a
decisão.
Um fator importante é a
“velocidade” com que os fatos acontecem e influenciam o nosso processo de
mudança, gerando pouco tempo para pensar ou decidir. Por último e não menos
importante é o “impacto pessoal”. Se a transformação com que estamos lidando
tem uma maior ou menor intensidade em relação à pessoa, obviamente o processo
de análise e decisão será diferente. Existem mudanças que são macros, e que nos
afeta, mas não tão diretamente. Essas são mais fáceis de lidar, até porque
muitas vezes não temos nem como controlá-las ou influenciá-las. Entretanto,
quando a mudança nos impacta diretamente, aí a coisa fica mais complicada e o
processo precisa ser cuidadosamente analisado.
Entendido o processo de mudança, a
pergunta que fica no ar é a seguinte: Como eu lido com tudo isso? Existem dois
fatores chave no processo. O primeiro é a “Abertura para Mudança”. Algumas
pessoas por educação, personalidade, etc. são mais abertas do que outras para
lidar com a transformação. O segundo fator crítico é a “Adaptação à Mudança”. A
pessoa pode ser muito aberta a mudança, mas nem sempre se adapta facilmente.
Para saber o grau de Abertura e
Adaptação, criei um instrumento de avaliação que permite saber como a pessoa
lida com estas transformações. Ao conhecer o seu perfil nessa situação, fica
muito mais fácil lidar e ter sucesso neste processo.
Como dizia Darwin: “Não são os
mais fortes que sobrevivem, mas os que melhor se adaptam”.
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