Está começando o ano e muita gente
deve estar se questionando: “O que fazer e como lidar com perspectivas tão
desafiadoras pela frente.O ser humano nessas circunstâncias só tem duas
alternativas: Fugir ou Lutar para que as coisas melhorem e o cenário mude. A
segunda alternativa é a única que nos oferece a possibilidade de mudança da
situação atual.
Se conversarmos com pessoas mais
velhas, teremos uma melhor percepção da crise, pois certamente elas já passaram
por várias situações semelhantes a que estamos passando. E o mais importante é
saber que elas sobreviveram. Conheço pessoas que já enfrentaram guerra, passaram
fome, perderam tudo o que tinham e nem por isso acalmaram seus ânimos.
Do ponto de vista das organizações,
esta situação é muito ruim, porque cria um ambiente de incerteza e de
insegurança para todas as pessoas. Os negócios diminuem, as perspectivas não são
boas, os custos se elevam por conta do dólar e da inflação, etc. O cenário não é
nada bom e isto influencia em muito as pessoas, gerando um clima de baixo
astral e de falta de esperança. O que fazer nesta situação? A realidade é essa
e não há como fingir que está tudo bem, até porque muitas vezes a empresa tem que
adotar medidas de contenção que afetam as pessoas.
A minha sugestão neste caso passa
por duas coisas que julgo importantes para o enfrentamento de situações
difíceis como a que estamos vivendo. A primeira delas tem a ver com a
COMUNICAÇÃO.
Muitas empresas agem exatamente ao
contrário em momentos de crise. Ao invés de comunicar e participar às pessoas o
que está acontecendo, as medidas que está tomando, e o que espera das pessoas,
faz exatamente o contrário: se isola,
não explica o cenário, os problemas e as oportunidades possíveis. Ela crê que
desta forma estará preservando o bom ambiente e a produtividade de todos. Ledo
engano. Existe uma ditado popular nas empresas que diz: “A rádio peão aumenta,
mas não inventa”....É isso mesmo. Se a empresa não comunica claramente a
situação, não provoca um debate democrático e não avalia o que é possível ser
feito, cada indivíduo criará a sua própria versão dos fatos. Em vez de
aglutinar e unir a pessoas para encontrarem uma solução ou um caminho, leva
cada um para uma direção, e o resultado é baixa produtividade, clima pesado,
uma nuvem negra no horizonte.
Quanto mais a empresa comunicar
periodicamente os fatos, os seus resultados, as suas estratégias para sair da
crise, melhor será para todos. Esta transparência gera um ambiente de confiança
e união entre as pessoas, mesmo quando se tem que tratar de temas difíceis e
delicados do ponto de vista de gestão.
O segundo tema tem a ver com ENGAJAMENTO.
É claro que a comunicação tem um papel crítico no engajamento das pessoas.
Quando a empresa cria canais de informação e compartilhamento, reforça o
espírito de união. Entretanto, um fator extremamente crítico para haver o
Engajamento, é a LIDERANÇA da empresa. São os Líderes que estão mais próximo
das pessoas e que podem ajuda-las a compreender e encontrar caminhos
alternativos que levem à superação. É na hora da crise que conhecemos realmente
quem são os verdadeiros Líderes. É muito mais fácil ser líder em tempos de
calmaria. O difícil é exercer este papel em momentos conturbados e que as
pessoas estão preocupadas e, em muitos casos, até apavoradas com a situação.
As empresas que souberem trabalhar
estes dois elementos, com certeza terão maiores chances de superarem os seus
desafios em um curto espaço de tempo e encontrarem novas perspectivas para os
seus negócios.
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